É comum ouvir pregadores dizerem que se formos
fiéis nos dízimos e ofertas, então Deus será fiel a nós e nos abençoará nas finanças
e bens materiais. Alguns chegam ao vitupério em dizer que Deus é obrigado a
abençoar. A famigerada “teologia da prosperidade”,
amplamente difundida pelo movimento neopentecostal, adotou um posicionamento de
confronto contra o divino, exigindo bênçãos de Deus, como se o Criador tivesse
algum débito com o ser humano.
Geralmente ouvimos em tais mensagens triunfalistas,
a expressão “Deus proverá” como
justificativa para tal teologia da prosperidade, originada do texto hebraico de Gênesis 22:14 - “Então Abraão deu àquele lugar o nome de Yahweh-Jireh, “O SENHOR Proverá”. Por
isso até nossos dias se diz: “No monte do SENHOR se proverá!”, que é composta de
duas palavras. A primeira é o nome de Deus no Antigo Testamento: “Yahweh”, onde o tetragrama Sagrado YHVH ou YHWH,
refere-se ao nome do Deus de Israel em forma escrita já transliterada, que é comumente pronunciado no
português como “Jeová, Javé”.
A outra palavra hebraica é “Yireh”.
A expressão completa significa algo como “O
Senhor proverá”.
Já no Salmo 23:1, o texto em hebraico diz:
“Iahvéh
ro’i lô echsar”, que traduzindo seria “Adonai é meu pastor, não me
faltará”, porém na tradução para a língua portuguesa utilizou-se substituir o “NÃO”
pela palavra “NADA”, onde ficou conhecida a versão “O Senhor é o meu pastor e NADA me faltará”. Isso em nada
desmerece o texto sagrado, ou tira seu sentido real completo, porém percebemos claramente o uso fora de contexto
para justificar a exigência de arrecadação financeira nos arraiais com “sede de dinheiro”.
Nesse contexto, o texto bíblico nos ensina que em momentos de lutas, perseguições, aflições, como Davi estava passando, é a presença do Senhor que não faltará, oferecendo o Caminho certo, o Socorro bem presente, como destaca o Salmo 91, que aqui cito os 4 primeiros versos para elucidar – “Aquele que vive na habitação do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-Poderoso desfrutará sempre da sua proteção. Sobre o Eterno declara: “Ele é meu refúgio e minha fortaleza, o meu Deus, em quem deposito toda a minha confiança”. Ele te livrará do laço do inimigo ardiloso e da praga mortal. Ele te cobre com suas plumas, e debaixo de suas poderosas asas te refugias; sua fidelidade é escudo e armadura”. Salmo 91:1-4
Nesse contexto, o texto bíblico nos ensina que em momentos de lutas, perseguições, aflições, como Davi estava passando, é a presença do Senhor que não faltará, oferecendo o Caminho certo, o Socorro bem presente, como destaca o Salmo 91, que aqui cito os 4 primeiros versos para elucidar – “Aquele que vive na habitação do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-Poderoso desfrutará sempre da sua proteção. Sobre o Eterno declara: “Ele é meu refúgio e minha fortaleza, o meu Deus, em quem deposito toda a minha confiança”. Ele te livrará do laço do inimigo ardiloso e da praga mortal. Ele te cobre com suas plumas, e debaixo de suas poderosas asas te refugias; sua fidelidade é escudo e armadura”. Salmo 91:1-4
Sendo assim, devemos entender que o Antigo
Testamento, incluindo a lei, como ensina o escritor aos Hebreus no capitulo 10,
verso 1, é um vislumbre, ou
sombra, que aponta para a vinda do Messias, do Salvador, que se cumpre literalmente
em Jesus Cristo e Sua obra vicária - “Assim, considerando que a Lei oferece
somente um vislumbre dos plenos benefícios que hão de vir, e não exatamente a
sua realidade, jamais poderá, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após
ano, aperfeiçoar os que se achegam para adorar”.
É certo que o
Senhor não deixará seus filhos abandonados, por isso o próprio Senhor Jesus nos
diz em Mateus 6: 24-34 – “Ninguém pode servir a dois senhores; pois
odiará um e amará o outro, ou será leal a um e desprezará o outro. Não podeis
servir a Deus e a Mâmon. Portanto, vos afirmo: não andeis preocupados com a
vossa própria vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo,
quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo
mais do que as roupas? Contemplai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem
armazenam em celeiros; contudo, vosso Pai celestial as sustenta. Não tendes vós
muito mais valor do que as aves? Qual de vós, por mais que se preocupe, pode
acrescentar algum tempo à jornada da sua vida? E por que andais preocupados
quanto ao que vestir? Observai como crescem os lírios do campo. Eles não
trabalham nem tecem. Eu, contudo, vos asseguro que nem Salomão, em todo o
esplendor de sua glória, vestiu-se como um deles. Então, se Deus veste assim a
erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais a vós
outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos preocupeis, dizendo: Que iremos
comer? Que iremos beber? Ou ainda: Com que nos vestiremos? Pois são os pagãos
que tratam de obter tudo isso; mas vosso Pai celestial sabe que necessitais de
todas essas coisas. Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua
justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos
preocupeis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações.
É suficiente o mal que cada dia traz em si mesmo”.
Porém analisando corretamente
o contexto de Gênesis 22, conclui-se que o texto do verso 14 não tem relação
com provisão financeira, e sim como o próprio texto diz nos versos anteriores, é uma provisão divina, utilizando simbolicamente a figura de um cordeiro, entregue no lugar de sacrifícios humanos.
Veja: “Entretanto, o Anjo do SENHOR o chamou do céu: “Abraão! Abraão!” Ao que prontamente lhe respondeu Abraão: “Eis-me aqui!” - “Não estendas a tua mão contra o rapaz!” − ordenou o Anjo “Não lhe faças nada! Agora bem sei que temes a Deus, porquanto não me negaste teu amado filho, teu único filho!” Em seguida, tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. Então Abraão deu àquele lugar o nome de Yahweh-Jireh, “O SENHOR Proverá”. Por isso até nossos dias se diz: “No monte do SENHOR se proverá!” – Gênesis 22: 11-14
Veja: “Entretanto, o Anjo do SENHOR o chamou do céu: “Abraão! Abraão!” Ao que prontamente lhe respondeu Abraão: “Eis-me aqui!” - “Não estendas a tua mão contra o rapaz!” − ordenou o Anjo “Não lhe faças nada! Agora bem sei que temes a Deus, porquanto não me negaste teu amado filho, teu único filho!” Em seguida, tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. Então Abraão deu àquele lugar o nome de Yahweh-Jireh, “O SENHOR Proverá”. Por isso até nossos dias se diz: “No monte do SENHOR se proverá!” – Gênesis 22: 11-14
A Bíblia nos ensina que todos pecaram e
Jesus foi entregue como cordeiro; “isto é, a justiça de
Deus, por intermédio da fé em Jesus Cristo para todas as pessoas que crêem.
Porquanto não há distinção. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória
de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção
que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação por
meio da fé, pelo seu sangue, proclamando a evidência da sua justiça. Por sua
misericórdia, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos”
- Romanos 3:22-25
Jesus nos salvou da morte eterna, nos
resgatando pelo preço de sangue, vertido na Cruz do Calvário, ou
seja, “No monte do SENHOR se proverá” (Gênesis
22:14b), e ali no monte, naquele Calvário, o Senhor proveu o sacrifício com seu Santo Cordeiro.
Sendo assim,
contrariando os falsos teólogos da prosperidade, A Cruz me libertou, e o
Cordeiro que tira o pecado do mundo, foi entregue em meu lugar, então como o
Senhor Jesus disse: “Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e
todas essas coisas vos serão acrescentadas” – Mateus 6:33. Utilizar o texto de Gênesis 22 como argumento de arrecadar fundos, e iludir os incautos com falsas promessas de prosperidade é um grave erro teológico sem falar na ofensa ao Senhor Jesus Cristo.
No amor de Cristo,
e certo que Ele me salvou, me elegeu e cuida de mim,
Pr. Rogério
Augusto Geraldo
Bacharel em
Teologia, Mestrando em Ciências da Religião e Doutorando em Teologia.
Pode se dizer também que é um pecado contra os dez mandamentos? USar o nome de Deus?
ResponderExcluirnão explicou coisa nenhuma
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