2Samuel 10:12 – “Tem bom ânimo, e sejamos corajosos pelo nosso povo e pelas cidades do nosso Deus; e faça o SENHOR o que bem lhe parecer”.
A questão tem sido frequentemente levantada, mas raramente respondida: Qual é, exatamente, o lugar que um crente deve ocupar na política ou na administração civil do país no qual ele vive?
O que é um político? No melhor sentido da palavra, um político é alguém que tem um considerável e constante interesse na comunidade na qual ele vive, nos negócios e nas pessoas que compõem essa comunidade. Ele louva os governantes quando fazem o que é correto e os condena quando não o fazem. Ele levanta a voz contra toda a injustiça, fraude, engano, corrupção e qualquer restrição à liberdade. Ele resiste ao mal até onde lhe permite a lei. Ele usa toda oportunidade para influenciar o governo e, se tem chance, trabalha pelo bem da humanidade. Ele almeja administrar os negócios de Estado de uma maneira justa e benevolente.
Como pode alguém definir o papel que um cristão deve desempenhar na política? Nosso apelo pode unicamente ser feito à Bíblia. Para o cristão, a Bíblia é a única fonte de autoridade e doutrina. Comecemos, antes de tudo, por tomar o exemplo deixado pelo nosso Senhor. Nós julgamos que o que Ele fez, foi e é, correto, e que aquilo que Ele não fez, ou é errado ou sem importância.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, promulgada em 5 de outubro de 1988, é a lei fundamental e suprema do Brasil, servindo de parâmetro de validade a todas as demais espécies normativas, situando-se no topo do ordenamento jurídico.
Diz o Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
O cristão, enquanto vive como “forasteiro” nesta terra, precisa enquadrar-se nas leis que rege a nação e cumpri-las, como um bom patriota (2Sm 10.12; Sl 137.1; Is 66.10). Isto é bom diante dos homens e agradável a Deus.
É lamentável, mas, em anos eletivos, muitas igrejas se corrompem, perdendo de vista os seus objetivos primeiros: Servir a Deus! E deixa-se levar pela política, envolvendo-se e comprometendo-se vergonhosamente. Sãos pastores e líderes eclesiais que literalmente “vendem” o direito do cidadão por migalhas e chegam ao cumulo do absurdo de levar em muitos casos homens ímpios aos seus púlpitos, para que exponha suas plataformas de “governo” mentirosas e enganadoras, com fim apenas eleitoreiro. É uma louca inversão de valores.
O homem que vive segundo o coração de Deus, jamais deve aproveitar-se dos políticos e numa troca, receber qualquer benefício pelo seu voto. Note que em todo ano eleitoral aparecem muitos com um belo discurso, sempre dispostos a ajudar; são cestas básicas, tratamento de saúde, e outras ofertas pelo seu voto. O servo deve ser consciente o suficiente para não se vender.
Na Bíblia encontra-se vários servos que foram políticos e exerceram cargos públicos (José, Davi, Salomão, Daniel, etc.). Mas, entendo que em tais situações a vontade “literal” de Deus deve vir em primeiro lugar. É preciso que o Senhor seja consultado e que seja ouvido!
Político no Brasil está associado às pessoas que não agem de boa-fé. É triste, vermos como tratam o dinheiro público, as muitas notícias de desvios e malversações de verbas, veiculadas na mídia são estarrecedoras. O homem que conhece a Deus deve ser diferente, pagar o preço de ser um político que saiba honrar o compromisso com o Salvador e viver em honestidade (Pv. 11.11; 14.34 e 16.12).
Amados, a Igreja do Senhor, não necessita de esmolas dadas por políticos (concessão de TV, rádio; terrenos; doações financeiras, etc.); os meios, jamais justificam o fim. É inconcebível, a igreja ser beneficiadas, por homens que de uma forma não convencional adquirem recursos e os repassam. Não se deixem envolver por homens, que visando votos, prometem maravilhas.
Orem, busquem do Senhor a orientação para o voto certo; ouça a Sua voz, através de seus profetas e honrem a Sua vontade. Não se corrompa com o ouro e a prata! Pesquise a vida do candidato e não vote em corrupto e nem em quem se envolve com situações suspeitas.
Não vote em quem defende o aborto e quem defende imoralidades e causas que denigrem a moral e os bons costumes, atacando a essência de Deus na Terra. Não vote em quem pretende acabar com a família e o casamento.
No amor de Cristo e totalmente dependente do Senhor Jesus Cristo,
Pr. Rogério Augusto Geraldo
Fontes e Artigos consultados:
Livro - "Cristianismo e Política, Teoria bíblica e prática histórica"
Robinson Cavalcanti, Editora Ultimato
Robinson Cavalcanti, Editora Ultimato
Artigo - "O Servo de Deus e a Política"
Pr. Elias R. de Oliveira
Site - www.vivos.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário