Estamos
vivendo tempos de inúmeros conflitos ideológicos em níveis diversos. Vivemos em
uma sociedade onde a diversidade de costumes e culturas colocam-se às vezes em
conflitos por determinados grupos sociais.
No
âmbito cristão (protestante/evangélico) encontramos uma diversidade de
pensamentos e práticas que vem causando debates controversos a respeito de
temas antes muito bem fundamentados. A simples abertura para discussão de temas
antes defendidos com unhas de dentes pelos grupos históricos, provenientes
direta ou indiretamente da Reforma Protestante, nos leva hoje a questionar a
necessidade de ruptura com um sistema que demonstra ser mais frágil do que se
imaginava.
Deparei-me
nesses dias com dois artigos em sites cristãos que davam conta de um acordo
firmado entre a Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Presbiteriana (EUA), Igreja
Cristã Reformada da América do Norte, Igreja Reformada da América e a Igreja
Unida de Cristo, selaram o “Acordo Comum
de Reconhecimento Mútuo do Batismo”.
Isso
demonstra uma abertura nos princípios dessas denominações em relação às
praticas defendidas durante os últimos séculos. Tudo em nome de uma
interpretação de que todos servem ao mesmo Deus, tendo apenas diferenças
doutrinarias que os separam, ignorando totalmente os princípios bíblicos sobre o
Batismo, sem falar na questão de batizar crianças, das quais não compreendem a
questão de arrependimento e novo nascimento em Cristo Jesus, conforme registra
o texto bíblico de Marcos 16: 15-16 “E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer
e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.
Também
outro artigo que me deparei dava conta do pedido de uma pastora luterana,
solicitando ao Vaticano a reconsideração da excomunhão de Martin Lutero, visando
promover uma futura unidade entre católicos e protestantes.
O que
fica muito claro nestes dois exemplos é que denominações históricas, em nome de
uma política de boa vizinhança, e buscando certo prestígio social, abriram mão
de seus fundamentos teológicos para unirem-se com os romanos. Casos semelhantes
ocorrem com seitas ocultistas e espíritas.
Temos
que rejeitar essas práticas que vem tomando conta de grandes denominações
protestantes. O Ecumenismo não é bíblico, pois não podemos concordar com
as denominações sem discordar da Bíblia. É HIPOCRISIA não dar
importância as diferenças doutrinárias ou dizer "ele crê errado, mas isto
não tem importância... Está bem para mim deste jeito", se sabemos que
Deus não pensa assim. Se ele o fizesse, não haveria necessidade da
Bíblia e Deus aceitaria a todos de qualquer maneira (espírita, budista,
macumbeiro, católico, evangélico...) e desta forma Cristo teria morrido em
vão... Se de qualquer jeito está bom, para que Cristo e para que Bíblia???
O
Ecumenismo não é Cristão, pois seu promotor não é Cristão e seus
parceiros também não o são. Ser CRISTÃO é crer que SÓ CRISTO SALVA. Ele é o
único Deus, Salvador, Senhor do universo, O Todo- Poderoso (veja Isaias 43:11;
Atos 4:12; Romanos 3:24; 1João 5:10-13 e 20 e Gálatas 1:6-10). Se o promotor do
ecumenismo e seus parceiros crêem na salvação por Jesus, mas com a
necessidade de complementar com obras boas, cumprimento de Sacramentos,
auxílio de santos, etc, não crêem em Cristo como ÚNICO e exclusivo
SALVADOR e, portanto não são CRISTÃOS! Como partilhar um culto a deus com
um povo que nem confia Nele? O Ecumenismo não é Cristão!
Vejo no
dia-a-dia, noticias de pastores e grandes líderes cristãos se rendendo a
convites para integrarem grupos como maçonaria e outras seitas, sempre visando
o enriquecimento e o prestigio.
Importante
lembrar-se do que o apóstolo Paulo escreve em 2Coríntios 6:14 “Não
vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a
justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”. Será que a exegese desse texto trata-se apenas de pessoas não consideradas cristãs?
Que o
Senhor tenha misericórdia de todos nós, pois é triste ver o Corpo de Cristo
vendendo negociando sua aliança com o mundo. Como bem disse C.H. Spurgeon,
considerado “Príncipe dos pregadores”,
“Sei
porque a igreja tem pouca influência no mundo atualmente: é porque o mundo tem
muita influência na igreja.”
No amor de Cristo,
Pr. Rogério Augusto Geraldo
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